sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cícero

São exatamente 3:40 da manhã e eu acabei de acordar de um pesadelo. Já é o segundo só essa semana. E como eu não consigo mais dormir, decidi vir aki escrever sobre o assunto.
Minha historia começa em 1994. Minha casa estava sendo construída e quem liderava a construção era Cícero Antedeguemon (tá, eu não lembro o sobrenome dele, mas a frase exigiu um, então...). Eu nunca entendi mto bem a historia, mas havia uma certa tensão entre ele e a minha família. E nunca entendi menos ainda pq me contrataram a única pessoa q possivelmente nos odiava pra construir nossa casa. Pra ele usar fubá onde deveria ir o cimento, claro.

Resumidamente, num belo dia de trabalho, Cícero teve um ataque cardíaco e morreu na hora. Imagine os “feios dias” de trabalho... O importante é: ele morreu aki. E minha mãe quase sempre o via por aí e ele agia como se estivesse vivo. Mas depois ele nunca mais apareceu.

O mais bizarro é o seguinte... você tem lembranças de coisas de qdo tinha menos de 4 anos? Ninguém lembra de coisas assim! Eu tbem não, eu sou normal. Sim, sou sim! E qdo tudo isso aconteceu eu tinha 3 anos. Mas lembro de (quase) tudo. Lembro das pessoas olhando, da ambulância parada na rua e do corpo dele sendo tirado do quintal. Mas não lembro de ter visto o rosto dele.


E por alguma razão, há dois anos atrás minha mãe o viu no quarto dela. E depois disso eu comecei a ter pesadelos com ele... mesmo sem lembrar do rosto dele! Só descobri q era ele depois de mto tempo qdo o vi numa foto. E nos meus sonhos ele tá normal, saudável, mais novo... se ele estivesse com uma pá numa mão e um pacote de fubá na outra eu talvez teria reconhecido mais rápido.


Meus pesadelos são como os de todo mundo: estranhos e não fazem sentido. E eles são frequentes mas não são algo q eu tenho toda noite. Eles vão e voltam. São tipo akeles parentes q você tem no interior, sabe? Você pensa q nunca mais vai vê-los e do nada eles estão na sua casa comendo toda sua comida.


Tudo o q eu sei é q eles terminam do mesmo jeito, eu encontro ele em algum lugar da casa, ele olha pra mim e sorri malignamente. A partir dali eu não consigo falar, nem me mexer. Ele vai se aproximando lentamente, ate q chega bem perto e vai dizer alguma coisa. Daí eu acordo gritando e assustando os vizinhos.


É isso q eu tenho pras escrever hoje. Não sei você, mas eu me sinto melhor agora. Durmam bem.  xD

Música do dia:
Full Blown Rose – Somebody Help Me

terça-feira, 27 de julho de 2010

Please, man. I’m innocent!

Sim, vou contar a historia de qdo quase fui preso.

Tudo começou qdo eu estava no Canadá (AVÁ q pra ser preso no Canadá você precisa estar no Canadá?!). Ahh, enfim...

Eu estava nos primeiros dias do intercambio e precisava de um celular. Só q tudo era mto caro. Aparelho, chip, linha.. ate ringtone era um absurdo pra comprar! E daí q brasileiro adora um trambique, né? Fikei sabendo q uma aluna coreana tinha conseguido um celular quase q de graça. Tive a idéia genial de perguntar o q ela tinha feito. E a garota, a Hunshin-soo, resolveu me levar lá.

Fui parar num beco sem saída. No muro do beco tinha um carro parado. A gente foi até lá, a coreana bateu no vidro e disse algo na língua deles. Saiu um cara de lá, sorriu pra mim (nessas horas todo mundo é simpático, impressionante!) e abriu o porta malas. Imagina a Santa Efigenia dentro de um carro? Era mais ou menos assim. Eu não precisei falar nada, a coreana fez tudo. E me explicaram q a conta do celular iria pra um endereço falso em Toronto, num nome falso tbem. A única coisa q eu devia fazer era pagar o esquema e... deixa eu lembrar a frase dele... ah, lembrei. Ele disse “No fucking police, white boy.” Vou discutir com isso? Jamais! Peguei meu celular novo e fui embora no primeiro ônibus q vi.

Me tranquilizei, achei q o assunto tinha morrido e eu fosse usar o celular de boa. E qdo chego na casa onde eu morava.. duas viaturas estacionadas na esquina. O.o!

Um dos policiais me vê de longe, aponta uma arma e grita: “YOU!

Olhei pra trás pra saber com quem ele tava falando. E o cara continuou: “Yeah, you in black, get down, damn it!Era comigo! Soh tinha eu de preto na rua! Ainda bem q não tinha ninguém ali q falasse português pq eu acabei deixando escapar a frase: “Coreanada safada!” Serio! Eu me vi na cadeia já, ali nakela hora. O q eu podia fazer? Fui pro chão! Ele chegou perto, guardou a arma e me algemou. Me algemou!

Sabe akele seu professor q fala alto, você não entende nada do q ele diz e ele ainda é dakelas pessoas q tem akela babinha branca no canto da boca? O policial era assim. E qdo eu vejo pessoas assim, eu nem presto mais atenção no q elas tão falando. Ainda mais em inglês! Ainda mais qdo tô algemado, sabe? Entao demorou um poko pra eu entender o q tava acontecendo. Na verdade não tinha nada a ver com o celular. Nakele dia a policia recebeu uma denuncia anônima de q ia acontecer um ataque terrorista. E eles tinham um suspeito q era a minha cara... super legal, né? Qdo alguém se parece comigo, é um terrorista.

Enfim, ele viu meus documentos, viu q eu... era eu... e me liberou. Ele não falou uma palavra, mas a cara dele dizia “Go, motherfucker!” Ahhhh! Na hora foi tenso, mas é uma das melhores lembranças q eu tenho do Canadá.

Essa era a historia. Já sabem, né? Se algum coreano oferecer ajuda pra comprar alguma coisa contrabandeada... podem confiar, não tem problema. Nunca fui preso por isso. =P

Música do dia:
The Tragically Hip – 38 Years Old 
(é Canadense!)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tudo começou com Cupcakes

Sabe qdo você acorda e simplesmente sente q akele nao é seu dia e q vc não deve sair da cama? Daí você sai, ignora toda akela sensação ruim achando q é coisa da sua cabeça, uma besteirinha de nada... só q seu dia realmente se torna uma merda. Tudo de ruim acontece. O universo inteiro se une nakele dia num plano maligno pra acabar com você. Pois é. Eu tive uma SEMANA assim. Mas aí você pode se perguntar: pq uma pessoa que passa por isso, decide criar um blog? Veja bem...



Eu já escrevo pro Pleurer Les Anges (http://pleurerlesanges.blogspot.com//), blog da Baah, e eu adoro escrever lá, pq é um dos poucos lugares q eu me sinto normal. Elas brisam mais do q eu! Enfim... eu só acho q tava na hora de ter um espaço próprio. E é bem coisa de momento, talvez esse seja o único post. Ou não!


A parte importante desse post é o q eu fiz num desses dias pra superar a tristeza: cupcakes! Minha tia me deu a receita, q parecia ser bem simples..


1 ovo pequeno
4 colheres de sopa de leite
3 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa (rasa) de chocolate em pó
4 colheres de sopa de farinha de trigo
4 colheres de sopa de açúcar
1 colher de café de fermento


Na própria caneca, coloque o ovo e bata bem com um garfo ou mixer. Coloque o óleo, o açúcar, o leite e o chocolate e bate bem. Coloque a farinha e o fermento e misture delicadamente até encorpar. Divida a massa em outra caneca. Leve ao micro-ondas por 3 minutos em potencia alta.

Fácil, né? O problema é q eu não sabia o q era uma colher de café. Dai pensei q se eu usasse a de sobremesa não faria diferença, né?
O microondas discordou:





Eu estraguei tudo por causa de um mero detalhe, a quantidade de fermento!
Minha cara olhando pra xícara foi mais ou menos essa do lado.

E foi ali, fazendo essa cara q eu decidi criar o blog. Alias a minha frase logo em seguida realmente foi “Tá... e agora?!”. E é essa a mensagem q eu quero deixar hoje no post de inicio. Pq as vezes você tem um problema e acha q é o fim do mundo. Não vou mentir, as vezes é! Mas isso não significa q você tenha q se descabelar e pular do alto do Banespão. Não significa q você tem q parar de curtir sua vida. Mto menos q você deva desistir de solucionar um problema... isso qdo ele vale a pena. Pense em você. Tenha sempre um plano B. Você vai errar e não tenha medo dos seus erros. É com eles q você aprende. E se você tentar isso, vai ver q no fim tudo dá certo. Igual com os meus cupcakes.   =D


Música do Dia: Jem – Just a Ride